Um dos discos da minha vida!
O
auge do rock progressivo, em dose dupla, com camadas de criatividade e golpes
de mestre.
Será o álbum mais teatral do grupo - a narração da história de autodescoberta
de Rael - que precisa de ser ouvido como uma peça única e não como um conjunto
de faixas independentes, com uma envolvência e composições poderosas.
Por
isso, a interpretação integral do disco nos seus concertos, com as músicas
pela mesma ordem.
Se os Genesis já eram uma banda obrigatória de ver ao vivo, com a mega tournée
deste álbum os seus concertos tornaram-se cada vez mais globais e aparatosos na
concepção cénica, com luzes, projeções, máscaras, trajes e cenários
exclusivamente desenhados para as músicas do álbum.
Digo
do que li, do que vi em fotografia, do que ouvi gravado e do que ouvi contar a
quem assistiu aos concertos dados em Cascais, a 6 e 7 de Março de
75 (tenho o concerto gravado em cassette). Ainda fui considerado demasiado
novo para me deixarem ir sozinho!...
Vivia-se
o período revolucionário - é mítica a presença de tanques e de militares de G3
(de que chegaram a fazer uso... sem vítimas! Os disparos foram para o ar).
Steve Hackett, o guitarrista, que há uma semana deu um concerto no Campo
Pequeno, disse que se recorda de explosões e dos disparos.
Assisti,
na Aula Magna, ao concerto dos The Musical Box, grupo canadiano que se
dedica à recriação dos concertos dos Genesis - uma verdadeira recriação
histórica, feita ao pormenor, com autorização dos Genesis, que colaboraram na
concepção do espectáculo e... os elogiaram!
Diz
quem assistiu em 1975 que foi exactamente assim!
É incrível pensarmos que não existe uma gravação vídeo da digressão - não terá sido autorizada (e ainda não havia telemóveis!).
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