O que justificou a ida a Santa Engrácia.
A exposição, evocativa dos 160 anos da morte de Almeida Garrett, sempre está próxima dos seus restos mortais, no Panteão.
O espaço é acanhado - estou a falar do espaço da exposição! - para tanto que haveria a mostrar (como a exposição de Alexandre Herculano no Mosteiro dos Jerónimos). O texto biográfico tem de trepar até a uma altura que não lembra ao careca!
Mas nos tempos que correm, com os mais variados exemplos de falta de memória, mais vale lembrar os bons exemplos de histórica cidadania do que não fazer nada.
«As ruínas do tempo são tristes, mas belas; as que as revoluções trazem ficam marcadas com o cunho solene da História. Mas as brutas degradações e as mais brutas reparações da ignorância, os mesquinhos consertos da arte parasita, esses profanam, tiram todo o prestígio.»
E das janelas de Santa Engrácia e do Terraço sobranceiro vê-se o Tejo.
«As minhas janelas, agora são as primeiras de Lisboa, dão em cheio por todo esse Tejo.»
"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Almeida Garrett - A Viagem e o Património
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