Não entre em pânico, não está sozinho
Somos várias pessoas a partilhar as mesmas ideias e, até, alguma experiência. Escreva-nos um pequeno relato sobre si e a sua situação. Talvez possamos ajudar.
A partir deste anúncio conseguiu-se reunir um número elevado de potenciais suicidas a fim de se concretizar um suicídio colectivo.
A ideia foi de dois suicidas falhados, um empresário falido e de um coronel frustrado com a impossibilidade de exercer a sua arte. Conheceram-se quando, num acaso em que o destino é pródigo, ambos tencionavam suicidar-se, num mesmo celeiro isolado.
Um acaso menor salvara as vidas de dois homens robustos. Falhar o seu próprio suicídio não é necessariamente o que há de pior na existência. Não se pode ser sempre bem-sucedido em tudo.
É esse o ponto de começo de uma aventura delirante, escrita por Arto Paasilinna, um lapão finlandês.
Tenho tido dificuldade em conter o riso quando vou sozinho no comboio a ler este livro.
No meio da alegria geral, os suicidas partiram para visitar o promontório do fim do mundo, no cabo de São Vicente (...). O transportador Korpela confessou que aquela viagem de Pori ao Cabo Norte, atravessando todas as regiões da Finlândia, e, depois, através de toda a Europa, até ao cabo S. Vicente, fora a viagem mais louca e incrível que fizera na sua vida.
- Dizes isso porque ainda estamos vivos ou porque ainda não conseguimos matar-nos? – perguntou-lhe o coronel.
Sem comentários:
Enviar um comentário