"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quarta-feira, 6 de março de 2013

Da inutilidade dos historiadores


Há uns dias atrás, o comentador economista (ou vice-versa) Camilo Lourenço afirmava que "os historiadores são inúteis para a economia".
A dura experiência dos últimos tempos faz-me pensar que os actuais economistas - refiro-me aos defensores das medidas de austeridade - não passarão à História ou serão dados como os piores aldrabões de sempre.
Aqueles cuja visão da sociedade (da vida) se limita à economia - quando não a uma folha de Excel - e a isso querem limitar a vida das pessoas- ao que é útil para os mercados - revelam uma pobreza de espírito confrangedora. Gente de vistas curtas.

«Quando uma sociedade pensa que pode dispensar a cultura chegou a um poço fundo. É próprio do ser humano necessitar de cultura, o que não depende de vacas gordas ou magras. A cultura é uma relação de nós próprios enquanto homens e mulheres livre.»
José Tolentino de Mendonça

A História ajuda-nos a ter (e a dar) uma visão alargada da vida.
Eles sabem lá o que é isso!

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