"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sábado, 20 de agosto de 2022

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Chalana: também o vi jogar!

Tal como Eusébio, o Rei.

De Chalana aproximava-me a idade. Acompanhei a sua vinda para o Benfica aos 15 anos e assisti a (quase) todos os seus jogos na Luz, até deixar de ser sócio (quando fiz 18 anos e preferi que o meu pai me desse, para outros fins, os 100 escudos mensais que a quota iria passar a custar - os discos, os filmes e os livros ganharam vantagem sobre o futebol, mas isso é outra história).

Vê-lo jogar era um regalo para os olhos. 

As exibições no Europeu de 84 levaram à sua saída para o Bordéus e ao seu prematuro declínio, com inúmeras lesões.

O mesmo azar fê-lo partir cedo demais. 

Teve uma última mais-que-merecida homenagem, com a presença dos seus antigos colegas - aqueles que, juntamente com Chalana, me deixavam feliz nos tempos em que o futebol era parte importante na minha vida.

Obrigado, Chalana!


quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Enid Blyton - 125 anos do seu nascimento

A celebração dos 125 anos do nascimento de Enid Blyton, quando consegui voltar a contar com a colecção integral de Os Cinco, em edição antiga. 

A recuperação de uma memória!...

O gosto da leitura, a descoberta das (novas) aventuras, a recordação da Feira do Livro na Av. da Liberdade (uma noite por ano, com a minha mãe)... 



domingo, 7 de agosto de 2022

Caetano, um jovem de 80 anos

«Canto desde pequeno, acho normal. Tenho uma canção em que falo: "Minha mãe é minha voz". Quando eu mais me identifico com a minha mãe é quando canto. Aquela sensação de doçura de viver, consigo sentir no canto. E sei que vem do jeito de minha mãe cantar. Tenho a impressão de que a coisa mais feminina em mim seja isso. Mas aquela felicidade suave, não tenho. Sou muito parecido com meu pai, que era um homem racional, com muito senso de justiça. Ele sempre parecia estar bem, mas era um homem angustiado. Tinha as responsabilidades de tocar o que acontecia na casa, tanto o andamento moral como o esteio económico. Tinha responsabilidades sobre as coisas do mundo, decidir suas opiniões políticas, ideológicas. Minha mãe não tinha nada disso. Minha mãe simplesmente gozava a existência.»


"Caetano é a pura música, a pura poesia, a pura existência, suave e angustiada."