"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 30 de junho de 2019

King Crimson - USA

Gravado ao vivo há 45 anos, entre 28 e 30 de Junho, em Asbury Park (New Jersey) e no Palace Theatre (Providence, Rhode Island), durante a digressão do grupo aos Estados Unidos - razão do nome do disco: USA.


Editado em vinil no ano de 1975, foi o primeiro LP que comprei dos King Crimson.



Mordillo


(4 de Agosto de 1932 - 30 de Junho de 2019)

No dia em que se soube que outro cartoonista tinha sido despedido nos EUA.
Fazer humor está-se a tornar um risco.


É o sonho de qualquer criança

O pai garante, "É o sonho de qualquer criança"...
... jogar no Atlético de Madrid?
... ter quem pague 120 milhões para que jogue numa equipa de futebol? 
... ir ganhar 6 milhões de euros (limpos) por ano?
... numa sociedade doente! 



E a comunicação social ajuda a fazer (e a desfazer) estes sucessos.
Um dia são bestiais, no outro dia são umas bestas...


Ambiente versus capitalismo

Pois é!...


A não ser que as formas de controlo ambiental tragam lucro aos capitalistas.


A resposta a este problema será esclarecedora de quem vencerá, no nosso país, o duelo entre ambiente e capital.

Aposto na vitória do capital, mesmo que disfarçada por promessas de um futuro sucesso do ambiente.


quinta-feira, 27 de junho de 2019

O Estado é o problema

«Os princípios do livre mercado são óptimos para ser aplicados aos pobres, mas os muito ricos são protegidos. As grandes indústrias de energia recebem subvenções de centenas de milhões de dólares, a economia de alta tecnologia beneficia das pesquisas públicas de décadas anteriores, as entidades financeiras obtêm ajuda maciça depois de afundar (...) Todas elas vivem com um seguro: são consideradas muito grandes para cair e são resgatadas se têm problemas. No fim das contas, os impostos servem para subvencionar essas entidades e com elas os ricos e poderosos. Mas além disso diz-se à população que o Estado é o problema e reduz-se o seu campo de acção.»
Noam Chomsky


quarta-feira, 26 de junho de 2019

Truísmo


E quais são os critérios para definir quais são os "melhores cursos"?
Quem estabelece os critérios?
Há cursos que não prestam? Mas não são necessários?


É do senso comum que as famílias com mais formação (e recursos) se preocupam mais com a formação (e a situação futura) dos seus filhos. E que o estatuto económico e social abre portas.

E pelo caminho que a Escola leva, as diferenças serão ainda maiores.
O caso será mais grave para as pessoas com menos recursos que acumulem pobreza de espírito. Para aqueles que pensem que, pelo facto de terem à mão o permanente acesso à net, já são possuidores de conhecimento. Esses terão a ilusão de estarem integrados. Para esses está reservado o "pão e circo" em que a nossa sociedade é farta.

E será de perguntar pelos "cursos de vida" dos 6 alunos em cada 10 que não chegam ao ensino superior.

P.S. : Mais uns posts e ainda corro o perigo de estar de acordo com o discurso do João Miguel Tavares no 10 de Junho.
Será que o "elevador social" está mesmo avariado?


Corrupção

Corrupção, sim, é preocupante, mas...
A Matemática é uma ciência, sim, mas... os mesmos números passam a ser outros - permitem diferentes leituras, mais ou menos ínvias, conclusões várias, umas mais iguais do que as outras.
E os jornais adoptam ou adaptam leituras e alinham conclusões que nos deixam dúvidas.

Observador


Expresso
Se os países que integram o Greco (Grupo de Estados Contra a Corrupção) são 49, por que razão o gráfico só traz 35?
A República Checa, onde se prolongam as manifestações contra a corrupção no Governo e se pede a sua demissão, e a Hungria, onde os relatórios sobre o assunto nem têm divulgação pública, não fazem parte dos 49?
Qual é o grau de não concretização para se considerar que pertencem ao grupo dos que não cumprem (neste caso 16 países)?
A nossa vizinha Espanha nem uma medida tem implementada, mas essa leitura não é feita. Realça-se a maior percentagem de medidas por implementar em Portugal.
Quanto ao que diz respeito aos deputados, a TSF afirma que 60% dessas recomendações não estão cumpridas de todo, o Expresso diz 75%. Em ambos os casos será muito, mas como se podem recolher números diferentes para a mesma questão?
Mark Twain (acho que era ele) dizia que há as grandes mentiras, as pequenas mentiras e... a estatística.
A corrupção de uns pode ser melhor do que a corrupção de outros?
Seria bom que os meios de comunicação fossem mais rigorosos nos títulos e no desenvolvimento da informação - muitas vezes parece haver, apenas, um copy and paste de um texto inicial.

Mas, sim, a corrupção é preocupante.
Não sabemos se tem aumentado ou se tem diminuído.
Temos a percepção de que há mais corrupção, mas tal poderá acontecer porque mais casos são tornados públicos.
Antes não existia (ou só existia à boca pequena) porque não havia a sua divulgação. Agora, ao menos, fala-se. Água mole...

O estudo da corrupção abrangida pelo Greco diz respeito à acção dos deputados, dos juízes e dos magistrados do Ministério Público.
No caso de Portugal, é relativamente aos juízes que não foi aplicada nenhuma das recomendações do Conselho da Europa - talvez porque o respeitinho seja bonito e não se queira ofender a corporação. Pela medida aprovada, por maioria, em Maio, os juízes conselheiros vão poder auferir de uma remuneração mensal superior à do primeiro-ministro. O tecto salarial será o salário do Presidente da República. Falta encontrar uma maioria para aplicar as ditas recomendações.

Os magistrados, neste momento, estão em greve, mobilizados contra as propostas de alteração do Estatuto do Ministério Público (MP), acordado pelo PS e pelo PSD. Pode ser que acordem mais qualquer coisa. Os magistrados temem o controlo político do MP. O Presidente da República, no meio destas notícias e de vários discursos troantes sobre corrupção, declarou o seu apoio à Procuradora-Geral. Os deputados, a tratar da revisão do Estatuto do Ministério Público, procuram resolver a questão do paralelismo remuneratório entre magistrados do MP e juízes, impondo unicamente como tecto salarial a remuneração do Presidente da República.

Quanto aos deputados, dizem que estes estão a andar muito devagarinho no que diz respeito ao seu próprio controlo. Há uma Comissão a tratar da transparência e coiso e tal... Há poucos dias ficámos a saber que o Parlamento, embora tenha acabado com as subvenções vitalícias em 2005, deixou “um enredo legislativo” que permite aos antigos titulares de cargos públicos e políticos acumularem, sem limite, pensões mensais vitalícias com pensões de reforma ou aposentação. Quem chama a atenção para o imbróglio são os juízes.

Neste caldinho contexto, e porque já só faltam 3 meses para as eleições legislativas, não parece haver oportunidade para tratar da aplicação das recomendações do Conselho da Europa.
O relatório do Greco relativo a 2019 não será diferente no que diz respeito a Portugal.


A Mosca, de Luís Afonso, no fb da Antena1


«Quando meus olhos estão sujos da civilização, cresce por dentro deles um desejo de árvores e pássaros»
Manoel de Barros




Ou, voltando à nossa frase iniciadora:

«Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros.»
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano 

ou para o sorriso das vacas...


A inveja da Olga



Querida Olga,
Não te entusiasmes tanto! 
As coisas não estão assim tão claríssimas. Experimenta vir trabalhar numa escola pública portuguesa!
Verás a diferença entre o discurso e a realidade.
Perdes logo a "envidia"!

P.S. - Leva o ministro, leva! 


terça-feira, 25 de junho de 2019

O milagre educacional português... nas últimas 30 décadas!

30 décadas... é muito tempo!



"Gaba-te cesta rota..."
Os espanhóis que levem o ministro!!!
E os seus secretários de Estado!!!


segunda-feira, 24 de junho de 2019

Selecção de Pólo Aquático!...


E eis que, no meio de tanto êxito desportivo, descobri que Portugal até tem uma selecção de pólo aquático!


Arco-íris

Há minutos...


Lado Mar (sobre o Cabo Espichel)


Lado Terra


Bernardo Sassetti em bailado

Bernardo Sassetti faria 49 anos.

Morning Circles, tema escolhido por Olga Roriz para a sua coreografia incluída em Uma coisa em forma de assim - obra criada por alguns dos mais importantes coreógrafos portugueses, para a Companhia Nacional de Bailado, 2011, contando com a interpretação, ao vivo, do próprio Bernardo Sassetti.



Santos equívocos

Nem Santo António é padroeiro de Lisboa, nem S. João é padroeiro do Porto.
Mas as massas populares preferem os foliões!

S. Vicente, cuja festa se celebra a 22 de Janeiro, é o padroeiro de Lisboa.
E também já o foi da cidade do Porto. O primeiro!



A padroeira da cidade do Porto é Nossa Senhora de Vandoma, celebrada a 11 de Outubro. 
Esta "nomeação" é recente (1964), mas desde o século XVI que a imagem de Nossa Senhora está representada nas armas da cidade.


Imagem de N. Sr.ª de Vandoma na Sé do Porto
Antes de Nossa Senhora de Vandoma, os padroeiros do Porto foram S. Vicente e, posteriormente, S. Pantaleão.


domingo, 23 de junho de 2019

A Exposição do Mundo Português na ficção (3)

«E o comboiozito que, naquela manhã, nos fazia percorrer os carris da via marginal, era uma alcova, de facto, para o devaneio de dois namorados. Guardo as sensações desse dia cristalino, com um mar muito azul, à nossa esquerda, que não conseguíamos desgarrar, perante as memórias dos Jerónimos e da Torre de Belém, da tal odisseia que, a toda a hora, nos era recordada. Passámos o vasto conjunto de edifícios, muito brancos, da Exposição do Mundo Português, estimulando a curiosidade, só por isso, para a visita que iríamos fazer, mais tarde, aos pavilhões. (...)
A romagem, desde há muito ansiada, à Exposição do Mundo Português, justificaria a ida a Lisboa, só por si, e anularia, até, qualquer veleidade de lua-de-mel além-fronteiras, ainda que a guerra a não impossibilitasse. Livrámo-nos dos Primos, por um par de dias, e dirigimo-nos a Belém, munidos daquele conspícuo guia oficial, que conservo, ainda hoje, e que mostra, na capa e na contracapa, duas diversas representações de um guerreiro medieval e português, ora de pé, com a sua espada desembainhada, ora a cavalo, arvorando o estandarte das hostes cristianíssimas. Um agradável percurso, pela totalidade da mostra, num desses comboios-automóveis que, através dela, constantemente circulavam, custava dois escudos, apenas, e foi a aventura em que nos alistámos.»
Mário Cláudio, Tocata para Dois Clarins


A Exposição do Mundo Português na ficção (2)

«A Exposição, finalmente toda inaugurada em seus pavilhões e secções, era sítio de passeio para Lisboa familiar e inteira aos domingos, e classes mais recolhidas às noites de todos os dias, em restaurantes e cafés a que o tempo cálido do Verão convidava. Dançava-se também, em locais mais caros de bebidas, e havia muitos estrangeiros de posses, no meio da chusma de pobres em perdição que a invasão dos seus países lançara pelos Pirenéus fora, até Portugal, em espera de vistos e passagens para a América da salvação de todos eles.»
José-Augusto França, A Guerra e a Paz


A Exposição do Mundo Português na ficção (1)

A Exposição pouco ficcionada neste texto. José-Augusto é muito objectivo na informação histórica.

«Em 29 de Março desse ano [1938] uma nota oficiosa da Presidência do Conselho de Ministros anunciara, para 1940, um ano de majestosas comemorações patrióticas, que eram de independência do país no século XII e da restauração dessa independência no século XVII - 1143 e 1640, na conta da História.
Aloísio leu com muito gosto o anúncio oficial em toda a largura de primeira página do Diário de Notícias, entre notícias optimistas da guerra de Espanha e uma declaração do chanceler Hitler de que "nenhuma fronteira da Europa correspondia à necessidade dos povos"; era logo depois do "Anschluss" austríaco. E mais uma vez ele admirou a acção do Doutor Salazar, e, sobretudo, a sua oportunidade. Não era o anúncio da Exposição a resposta que um país seguro de si, do seu bom direito e, sobretudo, da sua razão histórica, podia dar ao mundo em luta de forças sem perdão?»
José-Augusto França, A Guerra e a Paz


Exposição do Mundo Português

A 23 de Junho de 1940 ocorreu a inauguração da Exposição do Mundo Português, a maior exposição realizada no país até então.


Salazar pretendia celebrar o "Duplo Centenário da Fundação e da Restauração da Nacionalidade" e tornou pública essa intenção através de uma nota oficiosa, a 27 de Março de 1938.


Subentendida estava a celebração do Estado Novo. Portugal afirmava-se como um "oásis de paz e de progresso", quando o mundo vivia a II Guerra Mundial.
A Exposição do Mundo Português culminava a campanha de propaganda do regime fundado em 1933, que contrastava com a decadente I República.

Para a concretização dessa tarefa, Salazar voltou a chamar um homem que dispensara do Governo em 1936: Duarte Pacheco. Era quem "mais garantias dava de cumprir com sucesso o calendário, optimizar os custos e realizar o programa das obras necessárias na cidade, muito para lá do que seria o recinto da Exposição."

O plano de urbanização de Lisboa incluía "o arranjo das Praças dos Jerónimos e de Afonso de Albuquerque, a valorização da Avenida Marginal e o embelezamento da Torre de Belém".
A zona de Belém passaria a ser dotada de infraestruturas necessárias para responder ao aumento da população e do turismo, que iriam prevalecer mesmo após a realização da Exposição.


A equipa que liderou o projecto contava com o diplomata e jornalista Augusto de Castro, comissário da Exposição, o engenheiro Sá e Melo, comissário adjunto, e Cottinelli Telmo, arquitecto-chefe.
O projecto apresentado a Salazar iria causar a irritação inicial deste, que acusava Duarte Pacheco de "mania das grandezas", argumentando com "projectos irrealizáveis", "orçamentos", "custo da Praça do Império", "utopia"... [a descrição da situação foi narrada por escrito pelo próprio Cottinelli Telmo]

Ultrapassada a tempestade inicial - a Câmara de Lisboa, a que Duarte Pacheco presidira entre 1936 e 1938, assumiu os custos da execução da Praça do Império - a Exposição foi posta de pé em apenas 15 meses e ocupou uma área de 450 mil m2.

Alguns pavilhões secundários só seriam inaugurados mais tarde, conforme foram sendo concluídos.
A Nau Portugal, que deveria ser uma das grandes atracções da Exposição, só chegou à doca de Belém a 7 de Setembro. Motivo: a nau da carreira da Índia, recriada com todos os pormenores decorativos - que incluiu acções patrimonialmente muito discutíveis, como o "desvio" de talhas douradas de várias igrejas - adornou quando lançada à água, em Aveiro (fora construída nos estaleiros da Gafanha da Nazaré).



Guia oficial




Kiss the rain



... para não me darem "outras vontades" e concentrar na correcção das provas de aferição que tenho à frente...




... depois do passeio higiénico!


Renaissance


Os Renaissance a comemorarem o 50.º aniversário.

Do meu primeiro disco dos Renaissance, importado de Inglaterra, nos idos de 1975.
A primeira vez que eu fui a um banco, para "comprar" libras. A trip to the fair...



sábado, 22 de junho de 2019

Final da Taça - comício contra a ditadura

22 de Junho de 1969: final da Taça de Portugal da época de 1968-1969, no Estádio Nacional.
Benfica - Académica.

Poucas semanas antes, os estudantes da Universidade de Coimbra, numa Assembleia Magna, tinham decidido fazer greve aos exames.
No primeiro dia de exames, a 2 de Junho, a GNR a cavalo cercou a Universidade de Coimbra. Houve, na cidade, a presença da chamada "Polícia de Choque", para além da PSP, PIDE e Polícia Judiciária. O ambiente foi de guerra urbana, com jipes com arame farpado à frente.
Os confrontos entre estudantes e forças policiais sucederam-se em alguns dos dias posteriores.

O jogo entre a Académica (Associação Académica de Coimbra - AAC -, equipa com fortes ligações à universidade e aos estudantes) e o Benfica transformou-se em palco de um comício contra o regime do Estado Novo.

O Ministro da Educação Nacional, José Hermano Saraiva, avisara Marcelo Caetano que se preparavam manifestações para o Estádio Nacional.
Previa-se a possibilidade da equipa da Académica apresentar algum sinal de luto ou, mesmo, a de não comparecer ao jogo. No caso da primeira hipótese, o Ministro aconselhava a que não houvesse acções de repressão "porque qualquer intervenção repercutiria em todo o público". Caso a equipa se recusasse a jogar, propôs que se reservasse uma outra equipa (a do Sporting, que a Académica eliminara nas meias-finais), "para que os espectadores não tenham excessiva razão de protesto."

A RTP, ao contrário do que já acontecia na época, não transmitiu o jogo, sob o pretexto de que a Federação Portuguesa de Futebol pedira muito dinheiro para essa transmissão.
Ao contrário da tradição, o Presidente da República não assistiu ao jogo.

Os jogadores da Académica entraram no relvado com as capas aos ombros, em sinal de luto, e num passo lento.
Apesar de toda a vigilância policial, nas bancadas, estudantes distribuíram comunicados da Associação. No intervalo, foram mostradas faixas com palavras de ordem.




O Benfica ganhou o jogo no prolongamento, com um golo marcado por Eusébio.
Não se concretizou a forma de celebração que os estudantes tinham pensado... em caso de vitória.

Há a curiosidade de o Marquês de Fronteira, D. Fernando Mascarenhas, ter apoiado os estudantes de Coimbra, disponibilizando o seu palácio, em S. Domingos de Benfica, para poderem pernoitar.
O presidente da Secção Social da AAC, Carlos Santarém, aceitou essa oferta, na noite após o jogo, e foi com vários estudantes, nomeadamente membros da Direcção-Geral da AAC.
«Dormimos numa sala de música. Aquilo estava cheio de gente. Havia dezenas largas de pessoas a dormir lá, no chão ou nos sofás. De manhã, às tantas, abriram a porta da sala e entraram senhoras com café com leite. Lá tomámos o pequeno-almoço.»


Parabéns, Meryl Streep

70.º aniversário de uma das minhas actrizes preferidas.
Ainda do tempo em que eu ia ao cinema...



Medalha a medalha...

Não que o sucesso desportivo se prove, apenas, pela contagem de medalhas.
Há bons resultados e progressos assinaláveis sem que tal se concretize na obtenção das ditas.
Há poucos anos atrás, ninguém (ou pouca gente) pensaria na conquista de medalhas em modalidades como a ginástica (qualquer das suas variantes ou especialidades).

De Telma Monteiro há que enaltecer a longa carreira de sucessos: 13 campeonatos europeus - 13 medalhas.



O desporto, em geral, vai melhor em Portugal, pese a importância desproporcionada que é dada aos milhões do futebol, em detrimento de outras modalidades.

A propósito dos milhões do futebol...



sexta-feira, 21 de junho de 2019

Terminar o dia com Sol





Sol, painel de Querubim Lapa


Sanjoaninas recordam D. Afonso VI

S. João não é só no Porto!
A Terceira tem as suas festas Sanjoaninas, as quais começam já hoje e duram, duram, duram... até dia 30, que os terceirenses têm (a fama e) o proveito de serem os ilhéus mais folgazões.

Curioso o cartaz, com a figura do rei D. Afonso VI a contemplar a cidade de Angra (que ainda não era do Heroísmo) a partir da Fortaleza de São João Baptista do Monte Brasil.

Afonso VI viveu "exilado" nessa fortaleza, entre 1669 e 1674, depois de afastado do trono por seu irmão, D. Pedro.
Num clima de intrigas políticas e na sequência de uma eventual tentativa, em Lisboa, para que D. Afonso recuperasse o trono, seria reconduzido ao continente para ficar encerrado no Palácio da Vila de Sintra, onde veio a falecer em 1683. Mais perto, mas mais vigiado.

D. Afonso VI, apesar de afastado do trono, manteve o título de rei - D. Pedro II só usou o título após a morte do irmão - pelo que foi o primeiro rei a pisar terra dos Açores.
E foi há 350 anos que D. Afonso chegou à ilha Terceira, o que é comemorado nas festas Sanjoaninas deste ano. 

Será difícil pensar que Angra foi o "Regalo do Rei",
prisioneiro como ele estava
No cartaz, D. Afonso VI parece muito sereno para quem foi demasiado irreverente.
Será, talvez, efeito dos ares dos Açores!

Ao fundo, na cidade, para além do casario, estão desenhadas as fachadas da Sé, da Igreja do Colégio dos Jesuítas - Palácio dos Capitães Generais e da Igreja do Convento de S. Francisco (Igreja de Nossa Senhora da Guia).
Ao vivo, era assim, em 1997:

Angra do Heroísmo vista do Monte Brasil
Um regalo da gente!

Saudades de Angra!



Verão




Solstício de Verão - o Dia do Relógio de Sol

Hoje, à hora deste post, ocorre o Solstício de Verão, no hemisfério Norte.
O sol estará alto. Em Lisboa, nasceu às 06:11:44 horas e pôr-se-à às 21:04:51 horas (precisão ao segundo!), conforme o Observatório Astronómico de Lisboa. 

Amanhã, o dia já terá menos... 1 segundo!

Voltaremos a falar de algo parecido, muito provavelmente, a 23 de Setembro, quando o Verão acabar.


Nos relógios de Sol, o que interessa é... a sombra!


quinta-feira, 20 de junho de 2019

Love Not Walls


Agora é o momento de nos fazermos ouvir e marcar uma posição. Queremos um mundo repleto de amor e não de ódio. Um mundo moldado por esperança, não por medo. Um mundo com pontes em vez de muros.
Vamos UNIR-NOS para criar uma corrente de AMOR maior do que o muro que Trump está a tentar construir.

Dia Mundial do Refugiado

«Cerca de 71 milhões de pessoas são forçadas à condição de refugiados em todo o mundo. Fogem de guerras, perseguição e conflitos. Num novo relatório, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados diz que é o maior número desde a sua criação há cerca de 70 anos.

Hoje, presta-se homenagem à resistência e à força de todos os refugiados do mundo que foram obrigados a fugir de suas casas por motivos de perseguição, calamidades ou de guerra. Neste dia as celebridades gravam vídeos de apoio a refugiados, os refugiados são convidados a contar as suas histórias, entre outras actividades que se realizam por todo o mundo.

Foi no ano 2000 que a ONU instituiu o Dia Mundial do Refugiado, com o objectivo de consciencializar os governos e as populações para o grave problema dos refugiados.»

Cartoon de Vasco Gargalo