"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um Carrasco emigrante

Abri a revista do INATEL numa página ao acaso e espantei-me.

António Valente Carrasco (o homem mais novo) com a mulher e os filhos
Acertei na página em que vinha a foto de António Valente Carrasco, homem que, com a sua família, emigrou de Moura para o Havai há um século atrás.
A agricultura na região de Serpa - Moura passava por dias maus (e as Pias ficam no meio...).
Andavam em Serpa engajadores de emigrantes para "umas ilhas americanas que, diziam, eram um verdadeiro paraíso."
Cerca de mil pessoas embarcaram, em 1911, naquela que terá sido a maior vaga migratória do Alentejo até àquela data. Destino: Honolulu, nas ilhas Sandwich (nome antes dado ao Havai).
Joshua Beloniel, repórter fotográfico da Ilustração Portuguesa, fez um bom número de fotos.
O movimento migratório continuou em 1912, levando o Carrasco que conheci de fotografia. A família passaria, mais tarde, para a Califórnia, onde vivem os muitos descendentes.
Por coincidência, este Valente Carrasco morreu em 1958, o ano em que nasci.

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