"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Lá vai um, lá vão dois... lá vão oitenta e cinco

Há pouco mais de 6 meses, foi notícia a saída do país de um quadro do veneziano Carlo Crivelli, Virgem com o Menino, Santo Emídio, São Sebastião, São Roque, São Francisco de Assis e o Beato Tiago da Marca, propriedade do empresário Miguel Pais do Amaral.
Em 2012, as autoridades portuguesas tinham anulado as protecções legais que impediam a saída desta pintura de 1487, considerada uma peça “absolutamente extraordinária” pela antiga directora do Instituto Português de Museus, Raquel Henriques da Silva.

A Direcção-Geral do Património tinha dado um parecer negativo, mas a Secretaria de Estado da Cultura (à época, com Francisco José Viegas à frente) autorizou. Em Paris, ofereceram 3 milhões de euros pela pintura. 

Agora, a história dos quadros de Miró pertencentes ao BPN (ou à Parvalorem, que faz a gestão dos fundos tóxicos daquele banco) recupera o bom estilo trapalhão/"chico-esperto" de quem nos governa. 
E os detentores/gestores do capital governam tanto ou mais que os senhores que estão no Governo em resultado do voto popular.



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