"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Museu da Carris em semana de aniversário

Museu da Carris, localizado na Estação de Santo Amaro, passou a contar com mais um núcleo de exposição, com veículos que aguardam restauro, dispõe de uma nova loja e de novos produtos, para além de ter estabelecido parcerias para outros projectos.
Tudo numa semana em que a Carris comemora 140 anos da sua fundação - aprovação dos estatutos como empresa (18 de Setembro de 1872), na cidade do... Rio de Janeiro.
Dois irmãos, Luciano e Francisco Maria Cordeiro de Sousa, inventores de um novo sistema de viação e locomoção, transferiram para um grupo de capitalistas brasileiros os direitos que tinham para pôr a funcionar em Lisboa "carros cómodos e seguros para carga e passageiros, movidos por força animal e sobre carris de ferro" - o Americano.

Réplica de um Americano (Museu da Carris)

A primeira viagem, ainda experimental, fez-se só em Setembro de 1873, havendo o receio de que os carros puxados por mulas não aguentassem a rampa de Santos ou o declive da Pampulha. Mas tudo correu bem e, em 17 de Novembro do mesmo ano, iniciou-se a carreira entre Santa Apolónia e Santos.
Carros eléctricos só em 1901 e autocarros bem mais tarde.

Americano na zona do Cais do Sodré, quando a
Av. 24 de Julho ainda estava em construção
(finais da década de 1870?)
A história da Carris, com apontamentos deliciosos, prolongou-se até hoje e esperemos que se prolongue ainda mais, agora que a empresa se vai juntar à do Metropolitano.

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