"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 8 de dezembro de 2013

Caldo de cação (ou uma homenagem à dieta mediterrânica)

Caldo de cação - era assim que lhe chamávamos "lá em casa". É assim que lhe chamo, e não sopa de cação. Era um dos pratos favoritos do meu pai.
Tradicionalmente alentejano, há muito tempo que não o comia. Hoje, foi a minha homenagem à Dieta Mediterrânica, recentemente elevada à categoria de Património Imaterial da Humanidade. Imaterial?*
Vejam a qualidade do peixe...
Imaterial?


Sopas, à boa maneira alentejana, azeite, coentros e alhos q.b., como não podia deixar de ser. 
O cação era um peixe pouco considerado e o seu baixo preço fazia com que entrasse na dieta alimentar das classes mais pobres do interior alentejano. Dizem que, em tempos idos, chegava a ser oferecido pelos pescadores aos almocreves que o levavam para o interior.


* Se eu estiver mais gordo vou dizer que foi por causa do património imaterial.


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