"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Robert Delaunay





Quando deflagrou a I Guerra Mundial, Robert e Sónia Delaunay encontravam-se de férias em Espanha. Decidiram fixar-se em Madrid, mas, no Verão de 1915, vieram para Lisboa, à procura de um clima mais ameno. 
Por possível sugestão de Eduardo Viana, alugaram uma casa em Vila do Conde, juntando-se-lhes outros artistas estrangeiros amigos e o próprio Eduardo Viana. 


Fotos encontradas aqui

A luz e as cores fascinaram Robert, contribuindo para as suas teorizações e experiência de novas técnicas. «(...) des contrastes violents de tâches colorées (...) des costumes populaires d'une richesse de couleur rare. Toutes ces rondeurs éclatantes brisées par les noirs profonds et les blancs étincelants des costumes masculins qui apportent de la gravité, des angles dans cette mer mouvante de couleurs répandus.»

Com eles contactaram outros portugueses, como Amadeo Souza-Cardoso e Almada Negreiros.
Em 1917, os Delaunay regressaram a Espanha, já depois de terem vivido os últimos tempos em Valença do Minho e após uma rocambolesca acusação de espionagem (que poderá ficar para uma próxima história...).

Robert Delaunay nasceu a 12 de Abril de 1885.


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