"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Maio de 68 - 50 anos (15)

Maio entrou por Junho adentro...


Pouco mais de um mês depois da revolta, a 23 de Junho de 1968, França vota.
O partido conservador de Charles De Gaulle, a União dos Democratas para a República (UDR), ganha as eleições parlamentares, conquistando 353 dos 468 assentos.

«Nas eleições parlamentares que se seguiram, os partidos gaullistas governantes obtiveram uma esmagadora vitória, aumentando a sua votação em mais de um quinto e garantindo uma impressionante maioria na Assembleia Nacional. Os trabalhadores voltaram ao trabalho. Os estudantes foram para férias.»
Tony Judt, Pós-Guerra - História da Europa desde 1945 



Este historiador britânico considera que as revoltas estudantis de Maio de 1968, em França, "tiveram um impacto psicológico fora de todas as proporções do seu real significado". Tendo um estilo "aparentemente revolucionário, foram um "psicodrama" que entrou na mitologia popular, quase de imediato, como objecto de nostalgia.



Curioso que o governo de De Gaulle, constituído após a retumbante vitória de Junho de 1968, somente se sustenta no poder até Abril de 1969.

A História não é assim tão simples...


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