"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 27 de maio de 2018

Les accords (?) de Grenelle

Durante o fim-de-semana (dias 25 e 26), em instalações do Ministério do Trabalho (Hôtel du Châtelet - Rue de Grenelle), representantes do Governo, das centrais sindicais e das organizações do patronato discutem e "parecem chegar a um acordo tácito" [aspas minhas], cuja designação varia.
Vulgarmente fala-se nos "acordos" de Grenelle (ou no projecto de acordo) , mas até sobre a designação é difícil um acordo.

Esse momento, atingido na madrugada do dia 27, marca a separação dos caminhos entre os estudantes mais radicais (de tendências maoístas, anarquistas ou, ainda, trotskistas) e os sindicatos, de linha mais ortodoxa, menos retóricos.

(Com ou sem assinaturas) Avançou a concretização de reivindicações concretas - aumento do salário mínimo (35%) e dos outros salários (cerca de 10%) e o reconhecimento de mais direitos às organizações sindicais junto das empresas.
As greves e as ocupações das fábricas mantiveram-se por alguns dias, ainda, mas a contestação atenua-se.



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