"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Põe-se a comer neves

Em maré de gelados...

«E da porta do balcão, Meirinho, em bicos de pés, fazia acenos a Dâmaso: ele reparou, precipitou-se: pisou uma criança que fez beicinhos, derrubou o binóculo duma senhora obesa. Ia pálido.
Mesmo uma velha, que se repimpava por trás de Vítor, disse, com satisfação:
- Deu-lhe alguma cólica.
- Põe-se a comer neves... - rosnou a outra, cujo génio parecia amargo.»
Eça de Queirós, A Tragédia da Rua das Flores


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