"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

De passagem por Cádis

Volto a Cádis mais cedo - 1578 - por causa de outra leitura: D. Sebastião e o vidente, de Deana Barroqueiro.

Baía de Cádis (1613)
D. Sebastião, tendo saído de Lisboa a caminho do Norte de África (da fatídica jornada de Alcácer Quibir), passou por Lagos, onde embarcaram os terços do Alentejo e do Algarve, e por Cádis, onde esperava embarcar os soldados fornecidos por Filipe II.
Acontece que Filipe II, rei de Espanha e seu tio, não se quis comprometer com a expedição.
D. Sebastião foi muito hospitaleiramente recebido - uma recepção feita pelo Duque de Medina Sidonia, Governador e Capitão General da Andaluzia, com banquetes, muitas festas, touradas...
A armada portuguesa permaneceu no porto de Cádis entre 28 de Junho e 7 de Julho, data da saída em direcção a Marrocos.
Há quem sustente que este tempo de espera em Cádis, tal como depois em Arzila, foi fatal para D. Sebastião: o sultão Ali teve tempo de fazer avançar o seu exército sediado em Fez.

Baía de Cádis (1700)


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