"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sábado, 5 de novembro de 2011

Os transportes que não temos - Metro do Mondego

Tribunal de Contas aponta várias falhas ao metro do Mondego

«Um relatório do Tribunal de Contas aponta várias falhas ao metro do Mondego, como custos muito acima do previsto e falta de sustentabilidade técnica do projecto.
Num relatório arrasador para o metro do Mondego, um projecto que ainda não saiu do papel, o Tribunal de Contas alerta que o investimento previsto é quase quatro vezes superior ao inicialmente estimado.
Já foram investidos quase 104 milhões de euros, 10 deles em estudos e projectos.
A Metro do Mondego, empresa que integra o sector empresarial do Estado, foi criada há quase 15 anos e o metro ainda não anda literalmente.
O Estado decidiu criar, em 1994, um sistema de metro ligeiro de superfície nos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã sem qualquer sustentação que mostrasse a viabilidade técnica, económica e financeira do projecto, lê-se no relatório.
O primeiro estudo de viabilidade foi aprovado três anos depois e referia que o investimento necessário seria de 122,8 milhões de euros. Em Janeiro de 2011, a previsão aponta para um custo superior a 455 milhões.»
TSF, 5 de Novembro de 2011

Esclarece-se que, para a construção (PREVISTA) das linhas deste Metro... se destruiu já há algum tempo a linha de comboio que existia desde o início do século.
Esclarece-se que a sociedade Metro do Mondego (MM) tem como accionistas o Estado (53%), os municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, a REFER e a CP. 
Em 15 anos, quanto é que os administradores da empresa não nos comeram já?
Para compensar estes desvios e equilibrar as contas... cortam-se os transportes aos utentes e/ou aumentam-se os custos dos transportes.
Como dizia a minha avó, "Poupa-se na farinha, gasta-se no farelo".


Não sei se a cara da Merkel é a reacção ao aumento dos passes.
Mas, em Portugal, quem nos desgoverna está a fazer tudo direitinho como ela quer!

Curiosidade: o Metro do Mondego tem direito a entrada na Wikipédia -

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