O deputado Porfírio Silva assegurou ao Público tratar-se de uma mudança para uma “escola mais colaborativa e participativa”. Destaca o facto de a direcção evoluir para um modelo colegial, “deixando de ser eleita pelo conselho geral e passando a ser eleita por assembleia eleitoral pelo conjunto da escola”.
Maria de Lurdes Rodrigues, em Fevereiro de 2008, considerava que o [actual] decreto de gestão iria "reforçar as lideranças das escolas, através da afirmação de uma direcção unipessoal", permitindo responsabilizar os directores das escolas. O reforço das lideranças seria também concretizado com a escolha ou designação dos coordenadores dos órgãos intermédios de gestão escolar.*
Passaram 17 anos, mas... o mesmo partido, duas filosofias opostas.
De Maria de Lurdes Rodrigues não guardo saudades, pelo contrário!
Eu prefiro a escola mais colaborativa e participativa.
Agora, para Porfírio Silva, um dos motivos para esta alteração está relacionado com o facto de, “em muitos sítios”, existir “uma contaminação político-partidária local no conselho geral”, que é o órgão que, actualmente, elege o director dos agrupamentos ou das escolas não agrupadas.
Se a contaminação político-partidária existe será apenas a partir da presença dos representantes das autarquias no Conselho Geral ou também das interferências permitidas no âmbito da transferência de competências para os municípios na área da educação?
O PS também irá renegar a municipalização das escolas do 2.º e do 3.º ciclo, que se desenhou, igualmente, no tempo de Maria de Lurdes Rodrigues?
O PS até tem - irá continuar a ter? - a maioria das câmaras. Reconhece erros próprios?
* Este último ponto não sabemos como está pensado, se está, nas novas propostas do PS.
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