"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sábado, 19 de maio de 2012

O Homem pertence à Terra

A propósito das inoperantes Cimeiras ou Conferências da Terra, desde a ECO-92 a Copenhaga 2009, tropecei na Carta do Chefe Seattle ao Presidente dos EUA, em 1854.

O Chefe Seattle (1786 – 1866) era o líder das tribos Suquamish e Duwamish que viviam no território do actual Estado de Washington e Franklin Pierce, eleito em 1853, pretendia comprar o território que pertencia àquelas e a outras tribos.
O Chefe Seattle respondeu a essa pretensão com a famosa Carta em que afirmava «De uma coisa sabemos: a terra não pertence ao homem, é o homem que pertence à terra.»
E o final é premonitório: «Continuais a poluir a vossa cama e haveis de morrer uma noite, sufocados pelos vossos próprios desejos.
(…) Este é o fim da vida e o começo da luta pela sobrevivência
O Chefe Seattle sabia que não podia resistir e a maioria dos territórios das suas tribos foi adquirida em 1855, enquanto estas ficavam confinadas à Reserva Indígena de Port Madison.
Seattle seria nome de cidade, em sua homenagem.

Sepultura do chefe Seattle

Sem comentários:

Enviar um comentário