"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Revolução? Que revolução?

Os acontecimentos no Egipto levantam muitas questões (tal como o que já se passou na Tunísia, mas isso parece esquecido), de conteúdo, digamos, sobre as razões subjacentes a este fenómeno que atravessa o mundo islâmico, mas também de coerência e/ou de hipocrisia em relação aos poderes nesses países, por parte de quem é poder no Ocidente.
Mas a propósito desses acontecimentos, que parecem merecer a simpatia e a admiração por quem não tem a coragem de fazer o mesmo, só queria lembrar o que escreveu Sophia de Mello Breyner, em 1975.
Como Sophia está a ser lembrada...

«Para que uma revolução vença realmente não basta que conserve o poder é preciso que seja amada. Só a revolução amada é a revolução democrática. Mas a revolução só é amada quando não emprega a violência.»

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