Em dia das cerimónias fúnebres de João Cravinho, fundador do MES, ministro de mais do que de um governo, deputado na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, conselheiro de Estado, homem que discutia (as) políticas... dou comigo a pensar que, para as eleições legislativas que se aproximam, tão ou mais importantes que as ideias políticas parecem ser as contas das casas ou dos negócios dos dois principais líderes partidários.
Não sei se as contas disponibilizadas por Pedro Nuno Santos, relativas à compra das suas duas casas, não terão tido mais "leitores" do que o programa do PS. Este período pascal forneceu um tempo extra para a bisbilhotice sobre o que devia ficar em privacidade ou ser só acedido por parte de quem tem funções (ou autorizações) legais para o fazer.
Aguardo se também serão apresentadas contas ou outros documentos por parte de Luís Montenegro.
Não sei se ficaremos esclarecidos e se as intenções de voto se farão mais em função do acerto dos números - e do que isso representa de confiabilidade nos líderes - ou das ideias apresentadas para a governação.
Quando comparo os tempos da História e os principais políticos activos com aqueles que nos foram deixando ou vão saindo da vida pública, fica um profundo sentimento de perda.
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