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Em todos os lugares, seja de que país for, a tarefa desta
Páscoa não deveria ser só celebrar os ritos, mas alterar o rumo das sociedades,
a situação das vítimas da guerra, da fome, da falta de uma ecologia integral.
A questão que se nos devia impor é esta: este mundo não
poderá ser de outra maneira? A própria noção de criação é a de colocar o mundo
sob a nossa responsabilidade.
Não se pode perder de vista que só nos salvamos através da
salvação dos outros, através da convivialidade, através de tudo o que faz do
ser humano o companheiro do outro, o irmão do outro, porque "a expressão
máxima do diálogo com Deus é sempre estender a mão a quem precisa".
O Crucificado, o rejeitado por uma coligação de interesses,
abriu, a todos, o caminho e o processo da ressurreição. Jesus, ao perdoar aos
próprios inimigos, ao entregar nas mãos do Deus vivo aqueles que o entregavam à
morte, consumou a sua insurreição contra tudo o que degrada e separa os seres
humanos, isto é, o poder do ódio, o poder da morte. A partir daquele momento
Jesus Cristo era, é e será para sempre uma vida dada.
Que a celebração da Ressurreição de Cristo nos ajude a
procurar os bons caminhos para vencer as raízes dos ódios que ensanguentam a
terra.
A todos uma Santa Páscoa!»
Frei Bento Domingues, Público
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