"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 6 de abril de 2025

Indignação contra o betão

Manifestação, ontem, pelo resgate da Quinta dos Ingleses, contra o excesso de construção, pela protecção da orla costeira e dos parques urbanos e naturais no concelho de Cascais.



A mancha verde da Quinta ainda se vê ao longe, mas a verdade é que as obras da responsabilidade da Alves Barbosa avançam...

A mancha verde da Quinta dos Ingleses antes do seu futuro desaparecimento

Os hotéis da polémica (os mais centrais) na frente marítima de Carcavelos  


sábado, 5 de abril de 2025

Quem é que, afinal, percebe de comboios?


De antecessores a assessores, estas notícias deixam ver rabos de palha.                                             Eu não percebo de administração (nem de assessoria).                                                                                                                                      A administração não tem, à partida, gente especializada? Precisam de assessores?                  Os antecessores, actuais assessores, enquanto administradores, também tinham assessores?                                                                                    (só faltava que fossem os actuais administradores!)                                                                              São tantos os administradores como os assessores?                                                                              Por que razão mudaram os administradores?        Uns têm o cargo e outros o conhecimento?              Ganham mais os administradores ou os assessores (porque são gente especializada)?


Remover as nuvens


Foto de Annie Leibovitz
 

Joni Mitchell, Both sides now


sexta-feira, 4 de abril de 2025

III Congresso da Oposição Democrática - 4 a 8 de Abril de 1973


Entre 4 e 8 de Abril de 1973 decorreu em Aveiro, no antigo Cineteatro Avenida, o III Congresso da Oposição Democrática. Os dois congressos anteriores tiveram a designação de Congresso Republicano, mas na Oposição também havia lugar para monárquicos.


O ambiente era de desilusão perante o fracasso das reformas de Marcelo Caetano e a continuação da Guerra Colonial.

“Pela primeira vez se tentava a nível nacional a elaboração de um completo diagnóstico da sociedade portuguesa acompanhado de um verdadeiro programa de transformação nos mais variados sectores de governação, no âmbito de um processo amplamente participado.” (António Reis)

A declaração final estabelecia os objectivos a atingir, nomeadamente o fim da Guerra Colonial (houve a defesa do início das negociações com vista à concessão da independência a Angola, Moçambique e Guiné-Bissau), as liberdades democráticas e, declaradamente, “o objectivo final da conquista do socialismo”. O Partido Socialista seria fundado poucos dias depois (19 de Abril).

Na sua intervenção, José Medeiros Ferreira já previu, não sem alguma polémica, o envolvimento das Forças Armadas no derrube do regime, sendo também na sua comunicação ao Congresso que foram consagrados os célebres "Descolonizar", "Democratizar" e "Desenvolver", subtítulos da tese que apresentou e objectivos assumidos mais tarde no programa do MFA no pós-25 de Abril.

Consta que estiveram presentes vários Capitães que viriam a pertencer ao MFA.

As teses foram publicadas em sete volumes, dos quais quatro só foram publicados após o 25 de Abril de 74.


O Governo Civil de Aveiro proibiu qualquer acto público fora do espaço onde decorriam os trabalhos. Quando cerca de 500 congressistas decidiram fazer uma romagem cívica à sepultura do Dr. Mário Sacramento (1920 - 1969), médico e escritor oposicionista, ligado à organização dos primeiros congressos, houve uma violenta carga policial, tendo várias pessoas ficado feridas.




Documentário da RTP: Aveiro nos caminhos de Abril


"Os pinguins estão a roubar-nos há anos"







terça-feira, 1 de abril de 2025

1 de Abril

Já não se dizem mentiras como antigamente!


Hoje, só se dizem verdades!