"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Os Saboias. Reis e Mecenas (Turim, 1730-1750)

Exposição no Museu Nacional de Arte Antiga.

Os Sabóias estiveram directamente ligados à família real portuguesa e a Portugal.
Maria Francisca Isabel de Sabóia foi esposa de D. Afonso VI e de seu irmão, D. Pedro II.

No período abarcado pela exposição (1730 - 1750), a Sabóia era governada pelo duque Carlos Emanuel III, rei da Sardenha. Um longo governo, iniciado em 1730, por abdicação de seu pai (Vítor Amadeu II, que chegou a ter casamento acordado com a infanta Isabel Luísa de Bragança, filha de D. Pedro II), e terminado em 1773.

Depois das desventuras vividas pela casa de Sabóia com a revolução Francesa, um sucessor, o príncipe Carlos Alberto, envolveu-se numa guerra com a Áustria, na qual sofreu uma derrota de onde resultou a sua abdicação em favor do filho, Vítor Emanuel II, e o exílio na cidade do Porto (1849).
Nesta cidade viveu os seus últimos 3 meses de vida, na Quinta da Macieirinha (actual Museu Romântico), deixando uma aura romântica.
Vítor Emanuel II viria a ser o 1.º rei da Itália unificada. A sua segunda filha, D. Maria Pia de Sabóia, foi rainha de Portugal, ao casar com D. Luís I, em 1862, com apenas 15 anos. Regressaria à sua terra natal após a implantação da República.
Humberto II, bisneto de Vítor Emanuel, foi o último rei de Itália. Reinou durante cerca de um mês e exilou-se em Cascais, entre 1946-1980, depois dos italianos terem referendado a passagem a República. 






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