"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Cagarro Silva

Cavaco Silva deve estar a dormir.
E o que escrevo não é uma "boca" política, uma metáfora, deve ser a realidade.
É uma hora estranha, mas às vezes há insónias assim e, enquanto estou acordado, Cavaco Silva deve estar a dormir, nas Selvagens.

Pensando bem... talvez não esteja.
As cagarras fazem um barulho dos diabos dos anjos durante a noite (lembro-me bem delas nas Flores e em S. Jorge) e são capazes de o incomodar.

Houve um rei das Berlengas, agora há um Presidente das Selvagens.
E leio esta notícia do i:
«Da passagem de Cavaco Silva pela Selvagem Pequena ficará, além do "momentos de stresse" para os vigilantes da natureza a imagem do chefe de Estado a anilhar uma cagarra, naquele que foi o primeiro "apadrinhamento" de um Presidente da República a uma daquelas aves.»

O stress dos vigilantes da natureza é natural: habitualmente são dois vigilantes - os dois únicos humanos - que vivem na ilha durante três semanas, findas as quais são rendidos por outros dois (antes que dêem em loucos, digo eu - mas até podem ser felizes assim, vá-se lá saber...).


A cagarra apadrinhada passará a chamar-se Cagarro Silva.


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