"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

24 de Julho de 1833

«Ao romper do dia 24 de Julho, tendo começado a fuga vergonhosa duma divisão de seis mil infantes, seiscentos lanceiros e duas baterias, comandados pelo duque do Cadaval, e ainda antes dos primeiros destacamentos liberais terem atravessado o Tejo, o povo de Lisboa aclamara a rainha e a Carta e içara bandeiras azuis e brancas. O primeiro acto foi o de arrombar as cadeias, o Limoeiro, o Aljube, o Castelo, e soltar milhares de presos, os políticos à mistura com os criminosos comuns. O rio enchera-se de embarcações de todos os calados, embandeiradas e muito guarnecidas de gente que queria ver os vencedores, vitoriá-los, trazê-los depressa para a capital livre de despotismo.»
Álvaro Guerra, A guerra civil (romance)

Cais do Sodré (Pr. Duque da Terceira)
Estátua do Duque, que comandou as
tropas liberais que tomaram Lisboa há 180 anos

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