Álvaro Laborinho Lúcio foi muita coisa na sua vida, mas sobretudo um cidadão interveniente com valores humanos.
«Imagino um mundo melhor a partir de uma inequívoca aposta na pessoa humana.»
Dos vários cargos que desempenhou, sentia-se mais realizado com os 10 anos em que esteve à frente do Centro de Estudos Judiciários.
Não deixando o tom optimista, não deixava de manifestar uma profunda preocupação com a situação social e política actual.
«Estamos a criar a exponenciação do individualismo. De cada um se desinteressar da coisa pública, de não participar activamente na vida pública comum. Vivemos uns com os outros, não vivemos juntos. Estamos muito fechados sobre nós próprios, muito ligados a uma ideia de individualismo, muito consumista. E conflituante. É o ter mais que o outro, independentemente da qualidade do que se tem.»
Estão a desaparecer os (verdadeiros) sociais-democratas.
Sobram-nos os arrivistas abastardados.

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