"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

José Rodrigues Miguéis - Uma placa para assinalar prédio em que nasceu

Foi hoje descerrada uma placa a assinalar o prédio em que nasceu o escritor José Rodrigues Miguéis, sobre cuja morte passaram, exactamente, 45 anos.

Recordo o que já escrevi há uns anos.

Depois de uma história rocambolesca - mas parece-me que não tanto como a dos direitos de autor sobre a sua obra... - em que Teresa Martins Marques e Eduardo Cintra Torres tiveram um papel central, uma placa metálica lá está, finalmente!, junto à entrada dos números 12 e 14 da Rua da Saudade (uma entrada para dois prédios),  freguesia de Santa Maria Maior, Lisboa, para assinalar que naquela casa nasceu José Rodrigues Miguéis.

Devia ser dito: nas águas-furtadas do n.º 12.

Uma frase de A Escola do Paraíso acompanha a informação básica.


O descerrar da placa por Teresa Martins Marques, 
autora de uma recente biografia de José Rodrigues Miguéis -
Nos passos de José Rodrigues Miguéis - Uma biografia como um romance 


A singela homenagem atrapalhou a saída do prédio de uma família de turistas, agora que o edifício (ou quase todo ele) funciona como Alojamento Local.
Aliás, a instalação da placa metálica foi a alternativa possível à não autorização da empresa proprietária do edifício para nele afixar uma lápide.
O imóvel seria desfeiado e, pasme-se, desvalorizado!
L'argent avant la culture...


Sem comentários:

Enviar um comentário