"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sexta-feira, 15 de março de 2024

Tomada de posse do novo Governo de Marcelo

(Na actual conjuntura, o título pode enganar. Foi há 50 anos)

No início de 1974, Marcelo Caetano teria um plano de remodelação do sector económico do Governo, mas os acontecimentos em torno do lançamento do livro do General Spínola adiaram esse intento.

Mas logo após a sessão com a Brigada do Reumático e a demissão de Spínola e Costa Gomes, Marcelo Caetano, no dia 15 de Março de 1974, avança na nomeação de novos ministros, secretários e subsecretários de Estado. O último Governo tinha 15 ministros, 12 secretários de Estado e 8 subsecretários. 

As Finanças e a Economia ficavam em ministérios separados, sendo que, na área económica, passariam a existir os ministérios da Agricultura e Comércio e o da Indústria e Energia.

O Presidente da República parece não ter ficado muito agradado, nem quanto à estrutura nem quanto a alguns dos nomes escolhidos (ou dos que saíram). 

Tomada de posse do Governo (15 de Março de 1974)

«Não sei mesmo se alguma vez a nação enfrentou simultaneamente tantos adversários por inimizade dos homens, outros por adversidade das circunstâncias. Mas perante a gravidade e a multiplicidade das lutas a sustentar não podemos cruzar os braços. A todo o desafio temos de dar resposta. Estamos aqui para combater. A vitória pode vir ou não se ela não depender só de nós. Mas em todos os casos resta-nos a consciência do dever cumprido. E a verdade é que tenho fé na nossa capacidade de vencer os fados adversos.»

Marcelo Caetano, (Discurso da tomada de posse, depois da remodelação do Governo)


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