"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Teresa Silva Carvalho (1935-2023)

Há muitos anos, ainda imberbe, telefonei para um programa na rádio, respondi certo a uma pergunta e pude escolher uma música para ouvir. Escolhi Barca Bela, por Teresa Silva Carvalho.

Começou pelo fado e pela interpretação de poetas clássicos (Garrett, Antero, Régio, Florbela Espanca...). Ary dos Santos, que faria hoje 87 anos, afirmou que "Teresa Silva Carvalho não é apenas um caso do Fado. É também um caso da Poesia. (…) um talento tão sensível quanto inteligente, a delicadeza de uma expressão tão musical quanto poética." 

No pós 25 de Abril, Vitorino produziu aquele que será o seu disco mais conhecido: Ó Rama, Ó Que Linda Rama (de 1977).

Senhora de uma bela voz, há muito que estava afastada dos holofotes. Talvez demasiado discreta para viver no mundo do espectáculo.


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