"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 1 de março de 2020

Casa do Largo do Menino Deus


«Aí temos a peça que nos faltava para o par de miniaturas quinhentistas do sítio do Menino de Deus. É esta casita, não menos pitoresca, pequenina, inevitavelmente côr-de-rosa, de delicado traço, com sua escada exterior, a sua janela, antiga adufa, encostada ao beiral do telhado, que lhe cai como um "sombrero" curto, a sua porta esguia, monumento de humildade encravado num prédio, quási tão modesto como ela. A propriedade desta relíquia, que - deve dizer-se - apenas exteriormente guarda a sua poesia, tem andado por bastantes mãos; não constitui título hereditário de nenhuma família. Hoje é do sr. Manuel Torrão, e quem sabe se o será amanhã. É um "monumento nacional" de pôr em cima de um contador Renascença de um Museu ainda por criar.»
Norberto Araújo, Peregrinações em Lisboa (1935)

A casa, em fotografia do princípio do século XX
 A casa vista por artistas:

Francis Smith (1927)

Roque Gameiro (entre 1910 e 1920)

Túlio Vitorino (1932?)


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