"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sábado, 6 de agosto de 2016

50 anos da Ponte sobre o Tejo

A alguns quilómetros de distância, assisti ao fogo de artifício que, à entrada do dia de hoje, celebrou os 50 anos da inauguração da ponte sobre o Tejo entre Almada e Lisboa (Ponte Salazar, primeiro, 25 de Abril após 74).

Depois de muitos sonhos e projectos, incluindo o de um túnel, a ponte construiu-se a partir de 5 de Novembro de 1962, para ser inaugurada a 6 de Agosto de 1966.
Houve longas filas de carros para a atravessar após a cerimónia oficial, o que custava 20 escudos a cada automóvel. Lembro-me das moedas comemorativas, exactamente desse valor.

Lado Norte, no dia da inauguração 
Os cafés de bairro encheram-se para ver a reportagem em directo, porque a televisão ainda era um luxo relativo.
E eu, com 7 anos de idade, fui a casa já não sei de que vizinho para ver a inauguração, organizada com toda a pompa e circunstância pelo regime.

Convidados e militares, na zona das portagens
As esposas dos senhores do regime

Atravessar a ponte pela primeira vez, no Fiat 600 de um tio, cheio de gente, foi uma festa.
Chegámos à outra margem e... demos a volta, regressámos a Lisboa.
Mais tarde, passá-la diariamente foi "vício" durante um bom número de anos, a caminho das escolas.



Capa do Diário de Notícias de 7 de Agosto de 1966

As 3 últimas fotografias foram retiradas do blog Restos de Colecção.


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