"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sábado, 4 de abril de 2015

Ressurreição antecipada


Regresso à vida!
Deve ser essa a sensação de quem está condenado à morte e vê a sua pena ser anulada.
O que passará pela cabeça de um homem que é condenado à pena de morte estando inocente?

30 anos de vida numa prisão, num caso de falsa acusação, são uma incomensurável injustiça que nada resgatará.

A história
Estados Unidos - Alabama:
Concluiu-se que a arma confiscada não era a mesma que foi utilizada nos roubos e assassinatos de que um homem era acusado.
Uma juíza rejeitou as acusações, por não haver evidências suficientes para vincular esse homem aos crimes de que era acusado.
Os crimes ocorreram em 1985. As últimas conclusões e consequente libertação (ontem) aconteceram 30 anos depois.

Como é possível alguém ser condenado à morte e passar 30 anos no "corredor da morte", sem que se tenha procedido à análise das provas dos crimes?
E o acusado até teria testemunhas de que se encontrava longe dos locais dos crimes nos momentos em que estes ocorreram!
Que confiança se pode ter num sistema de justiça que assim funciona?

Desde 1973, saíram do corredor da morte 152 pessoas.
Quantas terão sido injustamente executadas acusadas?
Haverá justiça nas condenações à morte?

Gregório Lopes - Ressurreição de Cristo


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