"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 5 de junho de 2011

Como votar?

Não voto nos 2 partidos que são os principais responsáveis pela situação em que nos encontramos, os 2 que sempre estiveram, em conjunto ou alternadamente, no poder. Acredito tanto neles como no Pai Natal. Aliás, acreditarei mais facilmente no Pai Natal.
Por razões ideológicas (que tudo o resto condicionam), não voto no partido que tem passado curtas temporadas no poder e cujo líder anda ufano (tipo adolescente apaixonado), pois tem 99% de certeza de que será ministro.
Sem grande convicção, poderei votar num dos restantes partidos com representação parlamentar. Para ser do contra, porque estão confinados a sê-lo no nosso sistema e no nosso modelo de sociedade made in CE.
Poderei votar em branco...
Poderei votar nulo, fazendo um X muito grande e muito vincado - a bold - que ocupe todo o boletim de voto...
Poderei votar nulo, escrevendo algo que expresse a minha repulsa face ao modo de fazer política dos principais partidos. Os outros só existem quando há eleições, pelo que habitualmente nem fazem politica.
Mas até poderei votar num dos pequenos partidos, à sorte, usando aquele método infantil do AN - DÓ - LI - TÁ...
Até já me passou pela cabeça votar no PCTP/MRPP, na medida em que elegendo Garcia Pereira (na possibilidade de ser eleito) eu sabia qual era o meu deputado e não baralharia o meu eleito com qualquer outro. Sob "observação directa", eu saberia mais facilmente o que ele andava a fazer do meu voto!...
Mas, convictamente, vou votar!

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