Recuamos a Fevereiro de 2014, para recuperar uma frase de Luís Montenegro, à época líder do grupo parlamentar do PSD.
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
segunda-feira, 29 de dezembro de 2025
sexta-feira, 26 de dezembro de 2025
Uma questão de mentalidades
Eu quero um Primeiro-Ministro com outra mentalidade, menos pimba, mas ele é um labroste!
"Rural", assim o classificou Marcelo Rebelo de Sousa. Rural no sentido de pacóvio, digo eu, respeitando os rurais.
Do Cristiano Ronaldo quero o vencimento. Não quero a mentalidade egocêntrica!
Atrás de mim virá...
... quem bom de mim fará.
Marcelo a ser Marcelo.
Com o lote de candidatos... "cada cavadela, sua minhoca".
Que Deus nos acuda!
quarta-feira, 24 de dezembro de 2025
terça-feira, 23 de dezembro de 2025
As árvores e os livros
domingo, 21 de dezembro de 2025
River - Celebrar o Inverno
A ver fotos de Montalegre, no primeiro dia de Inverno, lembrei-me da Joni Mitchell a patinar no River...
Linda fetugrafia
Não está de acordo com a época, muito menos com o tempo que faz hoje, mas foi publicada há poucas horas no fb e apresenta, um pouco longe mas bem enquadrada na paisagem, a minha praia favorita: Praia Formosa, a na ilha de Santa Maria.
Como alguém escreveu nos comentários, "Linda fetugrafia"!
quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
Raquel Soeiro de Brito - o assombro dos 100 anos
Há cinco dias, a geógrafa Raquel Soeiro de Brito - a primeira mulher a doutorar-se em Geografia (1955) e a 12.ª a doutorar-se em Portugal - cumpriu 100 anos de idade.
Tem uma longa e brilhante carreira, mantendo-se activa.
«A pessoa envelhece quando deixa de gostar da vida. Isso é muito mau, porque uma pessoa pode ser velha aos 100 anos, como pode ser velha aos 20. É muito complicada essa coisa de dizer “eu sou velha”.
Ao Público revelou um sonho não concretizado: “Gostava de ter ido à Lua.”
«Tenho visto muitas coisas, mas com perigo iminente à minha frente, a uma distância como estou de si, foi só com este vulcão. É como um toureiro diante de um touro, que passa com a capinha e está mesmo nos cornos do touro. É uma sensação absolutamente de fascínio. Estava com a câmara virada e houve uma explosão lindíssima. Espantosa. Com aquela impetuosidade, houve uma quantidade de explosões que duraram quatro horas seguidas. Eu não tirava os olhos. Não podia sair, a ponto de os bombeiros pegarem em mim debaixo dos braços e me levarem.»
Beethoven foi baptizado há 255 anos
Ludwig van Beethoven, nascido em Bona, em 1770, foi baptizado a 17 de Dezembro desse ano.
Certidão de nascimento não há, mas há o boletim de baptismo católico.
domingo, 14 de dezembro de 2025
Nuno Rodrigues (1949 - 2025) - O Homem da Banda do Casaco
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| Nuno Rodrigues e António Avelar Pinho |
Morreu hoje Nuno Rodrigues, nome importante da música popular portuguesa, umbilicalmente ligado à criação e desenvolvimento da Banda do Casaco, um dos seus grupos mais originais (até me apetecia escrever "o mais original").
«Nasci em Lisboa* a 14 de Fevereiro de 1949. Dia dos Namorados. Fiz alguma coisa, sonhei muito e ainda não sou o que vou ser. Enamorado por muitas ideias e poucas coisas: de muita música e de algumas mulheres. Os meus pais ainda hoje continuam a ser o meu chão e o meu tecto.» (Nuno Rodrigues, 2013)
Depois de algumas curtas experiências musicais, fundou a Banda do Casaco com António Avelar Pinho (andaríamos por 1972-73). Este escrevia as letras e Nuno Rodrigues construía as músicas, para além de ser, no início... o único músico! O primeiro disco, Dos Benefícios De Um Vendido No Reino Dos Bonifácios, foi concebido em 1973 (quando o que seria a banda ainda nem nome tinha... nem existia propriamente!), gravado em 1974 e editado em 1975, período difícil para um grupo desalinhado, numa onda diferente, com características experimentalistas.
«A história da Banda do Casaco nunca foi bem entendida, nem pelos media, nem mesmo por muitos que estiveram ou passaram por ela. A Banda do Casaco, mais do que um grupo, sempre foi um projecto. Um conjunto de projectos.» (Nuno Rodrigues, 2013)
Segundo Nuno Rodrigues, passaram pela Banda 56 elementos. Foram editados 7 LPs de originais, entre 1975 e 1984. Os concertos dados foram muito poucos - os dedos das mãos chegarão para contá-los.
Vi a Banda do Casaco ao vivo, em Dezembro de 1977, fez ontem 48 anos. Foi um concerto organizado por associações de estudantes, entre elas a de Letras, para onde eu tinha acabado de entrar como aluno. Quase diria que foi o meu primeiro acto académico! As aulas, nesse ano lectivo, começaram em Fevereiro. Acabaram quando o 2.º ano já devia estar a começar!...
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| Os outros grupos seriam igualmente importantes no panorama da música popular portuguesa. |
Nuno Rodrigues foi também produtor e editor musical (esteve ligado à Valentim de Carvalho e viria depois a editar nomes fundamentais da música portuguesa, como José Afonso, Júlio Pereira, Fernando Tordo, Luís Cília, Né Ladeiras...), tendo fundado a Companhia Nacional da Música, na década de 1990. Aí conjugava edição e distribuição, com loja própria (Rua Nova do Almada, onde antes fora a Sassetti), um catálogo nacional que incluía Amália Rodrigues e Júlio Pereira e representação de editoras estrangeiras, sobretudo da área da música clássica.
A criatividade e sentido de humor do Nuno Rodrigues, com a dos diferentes músicos que integraram o projecto, deu origem a uma música inspirada e inspiradora que bem se pode continuar a ouvir nos dias de hoje - libertem-na do esquecimento!
Como escreveu uma amiga aqui há uns anos, "A Banda do Casaco é assim: o sítio onde o eterno e o que é de hoje se encontraram, onde o povo e Deus tomaram lugar. E eu não conheço outro som assim.»
* Meu conterrâneo: também nasceu em Benfica.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Cada um toca o que sabe...
Carlos Coelho, destacado militante do PSD (deputado no Parlamento Europeu durante muitos anos), no programa Geometria Variável, da Antena 1, transmitido no dia 14 de Novembro, afirmou:
«(...) os programas eleitorais não esgotam a totalidade das reformas que os governos querem fazer. Porque, em Portugal, convém dizê-lo com alguma humildade, mas também com uma grande dose de sinceridade, os governos não têm tido plataformas programáticas inspiradas exclusivamente pelos partidos, isto é, a reflexão dos programas dos governos não são exclusivamente inspirados pela reflexão dentro dos partidos. Muitas vezes dependem da iniciativa dos membros do Governo (...)
Aliás, nós recordamo-nos de uma crítica que foi feita aos governos do Prof. Cavaco Silva - o Prof. Cavaco Silva era dos primeiros-ministros mais afirmativos e de maior capacidade de liderança sobre o seu Governo e, em áreas sectoriais... recorda-me, por exemplo, da área da saúde, mas não era exclusiva, via-se a alteração significativa de medidas e de políticas quando mudavam os titulares dos governos, isto é, quando o ministro A era substituído pelo ministro B.
Portanto, a referência à vontade reformadora da pessoa que em cada momento está na pasta... [foi interrompido pela moderadora]
O que eu estou a dizer, com certeza, é que a Ministra do trabalho é uma académica reconhecida nesta área, talvez das académicas mais reconhecidas e, portanto, eu admito que haja aqui, também, uma componente muito pessoal, a sua convicção que as leis do trabalho são relevantes para que haja um salto de produtividade que o país reclama há várias décadas. Não é possível crescer economicamente sem trabalhar diversas áreas e a Ministra considera que uma delas é a área da legislação laboral.»
E assim chegámos aqui...
Greve Geral - Solidário
Professor aposentado, estou solidário com quem está a fazer greve.
Contra a política laboral deste governo, uma greve política.
Todas as medidas de um governo, boas ou más, são, naturalmente, políticas. Todas as greves são, naturalmente, políticas.
Viva a política e viva esta greve!
quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
terça-feira, 2 de dezembro de 2025
Já só falta ouvir a hérnia e era importante
As melhoras do Presidente.
(Ao que dizem, já faz selfies com os outros doentes...)
Os 40 anos de "A um deus desconhecido" - A festa da Sétima Legião
Quatro décadas depois da edição de A um deus desconhecido (o seu primeiro álbum, 1984), a Sétima Legião voltou a reunir-se em palco, celebrando a música em comunhão (entre os elementos do grupo e entre este e o público), com energia e emoção.
Não me lembro de alguma vez ter visto o CCB num clima de festa tão grande - uma contagiante desbunda!
Os elementos da banda, diga-se, continuam a manter as suas qualidades musicais.
Gostava de ver (re)editados em vinil os restantes discos, sobretudo o último de originais, Sexto Sentido (1998), que nunca conheceu, que eu saiba, a edição nesse formato.
Sexto Sentido é, para mim, uma das melhores peças de sempre da música popular portuguesa.
Produzir os temas do disco ao vivo será, muito possivelmente, mais difícil, considerando os múltiplos samplers dos cantos e ritmos de trabalho do povo português recolhidos por Michael Giacometti utilizados no disco.
No conjunto de composições também não existem aquelas que se possam considerar hits mais celebrativos, como Sete Mares ou Por quem não esqueci, para além do recurso a vozes femininas e, portanto, extra-banda.
Contentemo-nos com a ressurreição periódica do grupo e com os 5 sentidos disponíveis.
Deve dizê-lo mais perto e em voz alta
“Não posso deixar de denunciar o total desprezo a que estão votados os temas relacionados com a Cultura, e com a relação entre a Cultura e o Turismo, em Portugal”, afirmou Pedro Costa Ferreira, em Macau, no 50.º Congresso Nacional da associação.


























