"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Otelo

Já passou mais de uma semana da sua morte, mas seria impossível, mesmo no meio da irregularidade editorial desta tasca, a falta da referência a Otelo Saraiva de Carvalho, o estratega e comandante da acção militar do 25 de Abril de 1974.
É nesse papel que o pretendo recordar. 
A ele e aos outros militares que agiram e fizeram o 25 de Abril, arriscando as suas vidas, devemos a liberdade que permitiu, nos últimos 47 anos, irmos construindo o país que somos. Mal ou bem, melhor ou pior, nos acertos ou nos disparates... segundo as diferentes perspectivas. 
É difícil saber hoje o que é não ser livre.
No balanço da História que já pode ser feito, Otelo tem direito a um lugar de relevo. 
Porque o 25 de Abril de 1974 foi o princípio.
Os caminhos ou os desvios são outros quinhentos... 

Os militares que comandaram as operações do dia 25 de Abril de 1974, 
a partir do Posto de Comando do MFA, instalado no quartel do Regimento
de Engenharia n.º 1: Fisher Lopes Pires, Vítor Crespo, Sanches Osório, 
Otelo Saraiva de Carvalho, Garcia dos Santos e Hugo dos Santos. 
Falta Luís de Macedo (que no dia 25 de Abril saiu de manhã cedo
da Pontinha, para apoiar Salgueiro Maia no Terreiro do Paço)*


* Luís Macedo, falecido em Novembro de 2020, vítima de Covid-19, foi o braço direito de Otelo.


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