"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

José Cid (bem antes do Grammy latino)


Mais de 50 anos de uma carreira... "todo o terreno" - deve ter passado por todos os estilos, pelo bom e pelo mau (sendo que os gostos são os de cada um).

Das minhas preferências...
Lembro-me do Quarteto 1111, com as lendas de D. Sebastião e de Inês, João Nada...
A Lenda de D. Sebastião foi a primeira música portuguesa a passar no Em Órbita (1967), mais de 2 anos depois do início do programa, "obrigando" a uma justificação expressa para tal. Exageros...

Houve a fase Green Windows com algumas coisas engraçadinhas - até tenho um 45 rpm: 20 anos e
Uma nova maneira de encarar o mundo (1972 e os meus 13/14 anos).

A fase do rock progressivo (em nome próprio ou com os 1111) - 1975 e 1978:

 




10000 Anos Depois Entre Vénus e Marte é considerado um "disco essencial e uma obra prima do rock progressivo" por um site internacional especialista neste estilo de música, o 4.º melhor disco de rock progressivo de 1978 - progarchives
Fazendo recurso à ficção científica, um casal regressa à Terra, 10 mil anos depois da autodestruição da humanidade, com o objectivo de a repovoar. A partir do zero...
Muito actual: as músicas abordam os erros do passado da humanidade (que parece o nosso presente, 40 anos depois de 1978!) e as esperanças futuras (que são as actuais, antes que seja tarde!).
E ouvem-se muito bem!

O Grammy latino não será por isto, mas mais vale recordar o que de bom, para o meu gosto, o José Cid fez.


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