"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sábado, 17 de novembro de 2018

Alexandre Vargas (1952 - 2018)

Morreu esta semana o poeta Alexandre Vargas, filho mais novo do também poeta José Gomes Ferreira. No mesmo ano que o seu irmão, o arquitecto Raúl Hestnes Ferreira.

O Alexandre entrou-me em casa nos diários do pai - Dias comuns - e, sem eu saber (só muito mais tarde), pela tradução da poesia de Peter Hammill - Camaleão na sombra da noite.

A música era elemento importante na sua poesia, e por lá passam, entre outros, os King Crimson e Syd Barrett.
A poesia e afinidades musicais...



Quando a minha boca se cansa 
e não posso apelar para outra música,
deverei então olhar para trás e dizer
que fiz tudo
demasiado cedo?
(Peter Hammill traduzido, 
de Chameleon in the shadow of the night)

Alexandre Vargas desenhado por Luís Manuel Gaspar (1987),
para um livro ainda inédito


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