"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Medo – Contágio

Os promotores do filme acertaram ao iniciarem a exibição do filme no dia do discurso em que Passos Coelho anunciou as novas medidas de austeridade – o discurso do medo e da impotência que atravessa a política europeia.


Ao fotografar o cartaz do filme, hoje, não foi por ter profetizado o discurso da impotência (também nunca esperei melhor de quem nos governa!), mas por me ter lembrado de um vídeo realizado há um mês, em que Mia Couto leu um discurso numa conferência sobre segurança, realizada no Estoril, associada à passagem do 10.º aniversário dos atentados do 11 de Setembro.
O vídeo vale a pena ver/ouvir.





1 comentário:

  1. Grande discurso!
    Bem escrito e coerente (como certamente não poderia deixar de ser), realista, todo ele actual e, infelizmente, sem nenhuma evidência ou resposta forçada deste mundo (ou país) para a mudança positiva.
    Também sinto que vou ser emparedado em decisões igualmente irracionais e fruto do medo. Medo do quê? Isso é que não sei bem.

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