"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 24 de abril de 2016

Festas da Música e Liberdade

Terminou há pouco o concerto de encerramento dos Dias da Música, que acompanhei pela TV, chegado, precisamente, do CCB.
Terminou em festa e, nesse aspecto, os Dias são e dão continuidade à Festa da Música. São uma democratização da música, de uma música menos costumeira mas que pode ser não menos popular.
É uma festa familiar! E, assim, a Música confirma-se como uma parte importante das nossas vidas, primordial para o nosso bem estar.

Os dois concertos a que assisti hoje, em salas cheias, foram o protótipo do confronto de diferenças culturais e históricas: música medieval galaico-portuguesa, sefardita e de raízes árabes face a duas obras de Mozart intervaladas por uma imprevisível peça contemporânea de Miguel Azguime.
Como indica o próprio tema dos Dias da Música, trata-se de uma viagem à volta do mundo.
Pena serem só 3 dias e não os 80 do Phileas Fogg.

A noite termina em beleza, estrelada e com uma esplêndida lua no céu sobre a foz do Tejo, a antever um bom dia com outra festa: a dos 42 anos da liberdade.
Só essa liberdade possibilita festas da música... ou que a poesia ande na rua.



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