«O discurso triunfal de François Hollande na terça-feira, anunciando que "não tem ideologia", é um "realista" e um "patriota" é um marco simbólico da inutilidade em que se transformaram os socialistas europeus. O programa contra a austeridade com que Hollande ganhou as eleições francesas já tinha sido enfiada num saco e atirado ao rio. Desde terça-feira, o Sena está cheio de cadáveres de socialistas. Morreram todos às mãos do pensamento único da inevitabilidade emitido a partir de Berlim, com grandes apoios em importantes capitais, no sistema financeiro que nos levou à crise e na Comissão Europeia. A conferência em que Hollande se proclamou "sem ideologia" mostrou ao mundo para que serve um socialista a governar o segundo país mais forte da União Europeia: é igual a um tonitruante zero.»
Ana Sá Lopes, i, 17 de Janeiro de 2014
Mais radical do que meter o socialismo na gaveta!
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