"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Edição de D. Quixote em papel de cortiça

Em 1605, dizem que a 17 de Janeiro, foi editada a 1.ª parte de D. Quixote de la Mancha, "el ingenioso hidalgo" ou "Cavaleiro da Triste Figura".

Para comemorar o 3.º centenário da sua publicação, um editor catalão, Octavio Viader, resolveu imprimir aquela que será a mais rara edição (ou uma das mais raras) do clássico da literatura espanhola.
A casa Bender de Sant Feliu de Guixols abasteceu o impressor do papel necessário. E foi sobre finas folhas de papel de cortiça que, em 1905-1906, se imprimiram as aventuras de D. Quixote.


Os 2 volumes dos 52 exemplares editados em papel de cortiça
arrumavam-se num estojo forrado a pele.

Os desenhos são do arquitecto modernista Domènech i Montaner.

O primeiro exemplar foi destinado ao rei Afonso XIII.



O gótico usado na impressão foi criado em 1904, propositadamente para o efeito

A procura pelos bibliófilos daria lugar a novas edições.

Ex-libri da tipografia de Octavio Viader


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