"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Buracos negros

Carlos Fiolhais, na recensão crítica ao livro Ciclos do tempo. Uma visão nova e extraordinária do Universo, resume a tese do autor, Roger Penrose, um físico-matemático britânico.

O Universo é «completamente eterno, existindo uma sucessão infinita de Big Bangs e prolongadas expansões cósmicas. Descansem os que se inquietam com a possibilidade de novo mundo para breve: há que esperar muito até ao próximo Big Bang, pois toda a matéria terá que desaparecer para o interior de buracos negros e estes têm de se evaporar para radiação por um processo quântico. Só num cosmos a longuíssimo prazo, constituído apenas por fotões e gravitões insensíveis ao tempo, poderá haver, por artes da física-matemática, o pasmo inesperado de um novo cosmos.»

No Governo, à velocidade a que a demissão de ministros se está a verificar - e vai uniformemente acelerada, amanhã serão mais dois - devemos estar próximos daquela fase em que a matéria desaparece para o interior de buracos negros. O Governo evapora-se e... por artes do que é lógico (qual físico-matemática!), iremos ter um novo cosmos político.


O problema é...
outro buraco negro!

i - 2013-07-01

Sem comentários:

Enviar um comentário