Nuno Júdice, Ler, n.º 123
"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Inimigos anónimos
«Nesse tempo [Estado Novo], havia um inimigo que era visível, tinha um rosto - o Salazar, a ditadura que tinha essa figura a representá-lo. Era relativamente fácil o confronto. Nós sabíamos quem estava do outro lado e sabíamos com quem podíamos contar para essa luta. Hoje não é assim. A troika não é nada, são umas instituições que têm umas siglas. Há o capital, os mercados. São inimigos anónimos mas muito mais poderosos porque não se sabe onde estão, circulam por aí pelas bolsas, pelos computadores. É uma sociedade em que o Big Brother, no sentido orwelliano, encontrou formas até muito mais perigosas do que as que ele inventou nesse livro.»
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