Que mistério. O rapaz não conseguia imaginar um propósito para o objecto que suportava. Pensou em cheirá-lo, mas a porta do quintal estava aberta, entrava luz, havia muita vida lá fora. O rapaz tinha seis anos, fugiu-lhe a atenção, distraiu-se, mas não se desinteressou pelo livro, apenas deixou de o interrogar enquanto objecto em si, começou a questioná-lo de maneira muito mais abstracta, enquanto intenção, enquanto sombra de um acto.»
José Luís Peixoto, Livro
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