"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 7 de abril de 2013

O papel inovador de Portugal na ciência do séc. XVI

«Há em quinhentos um decidido contributo de Portugal na descoberta do mundo (...) 
É um período verdadeiramente brilhante, que a historiografia internacional, hoje maioritariamente anglófona, pelo menos como voz dominante, continua a ignorar.
(...) gente da estirpe de Duarte Pacheco Pereira, Garcia de Orta, Pedro Nunes, D. João de Castro, Francisco de Oliveira, Camões ou Francisco Sanches, entre outros, contribuiu no seu conjunto para a criação de uma nova mentalidade, interessada em desvendar o mundo e consciente de que era por ali que se avançaria no desbravar do conhecimento dele. Para mim, isso hoje tem a clareza da água. Basta ler o que no tempo se escrevia fora de Portugal para que ressalte esse nosso estar mais à frente.
(...) trata-se sem dúvida de um momento em que, em Portugal, há uma luz que brilha forte e aponta para a modernidade numa das suas primeiras manifestações: a da mentalidade empírica de um pequeno grupo, mas importante porque interveniente, mentalidade essa associada a um interesse pelo conhecimento do mundo.»
Onésimo Teotónio Almeida, Utopias em Dói Menor

Astrolábio, séc. XVI
Museu da Ciência da Un. Coimbra
Patente na exposição 360º Ciência
Descoberta
  -  Fund. Cal. Gulbenkian

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