É um período verdadeiramente brilhante, que a historiografia internacional, hoje maioritariamente anglófona, pelo menos como voz dominante, continua a ignorar.
(...) gente da estirpe de Duarte Pacheco Pereira, Garcia de Orta, Pedro Nunes, D. João de Castro, Francisco de Oliveira, Camões ou Francisco Sanches, entre outros, contribuiu no seu conjunto para a criação de uma nova mentalidade, interessada em desvendar o mundo e consciente de que era por ali que se avançaria no desbravar do conhecimento dele. Para mim, isso hoje tem a clareza da água. Basta ler o que no tempo se escrevia fora de Portugal para que ressalte esse nosso estar mais à frente.
(...) trata-se sem dúvida de um momento em que, em Portugal, há uma luz que brilha forte e aponta para a modernidade numa das suas primeiras manifestações: a da mentalidade empírica de um pequeno grupo, mas importante porque interveniente, mentalidade essa associada a um interesse pelo conhecimento do mundo.»
Onésimo Teotónio Almeida, Utopias em Dói Menor
Astrolábio, séc. XVI Museu da Ciência da Un. Coimbra Patente na exposição 360º Ciência Descoberta - Fund. Cal. Gulbenkian |
Sem comentários:
Enviar um comentário