Sobre Fernando Lanhas, Rui Mário Gonçalves escreveu «Uma meditação persistente sobre os seus sonhos e sobre a astronomia faz deste artista um místico, na sequência espiritual de Teixeira de Pascoaes. Esta poética do cosmos manifesta-se também na adopção feita por Lanhas das formas dos seixos e de outras pedras, marcando-as com elementares listas geométricas.»
Foi um dos precursores, no nosso país, do abstraccionismo geométrico. As suas primeiras obras teriam sido realizadas sob a inspiração da música de J. S. Bach.
Acompanhou Nadir Afonso, Júlio Pomar e Júlio Resende, de quem era primo. Ajudou a realizar as Exposições Independentes (1943 – 1950), criando um espaço para a divulgação do abstraccionismo. Teve também um papel de relevo em recuperar o então esquecido Amadeo de Souza-Cardoso.
O.2-44 Quadro de Fernando Lanhas, exposto em 1945, hoje no Museu Nacional do Chiado |
Vizinho do Museu de Serralves, a sua obra foi aí objecto de várias exposições e tem vários trabalhos gráficos publicados.
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