Rui Vieira Nery demitiu-se da presidência do Conselho Cientifico do Cante a Património da Humanidade.
O musicólogo reiterou a sua discordância em relação à estratégia que está a ser seguida.
Segundo Rui Vieira Nery, a candidatura do cante alentejano enferma de problemas que já causaram a rejeição de inúmeras candidaturas nestes dois últimos anos pela UNESCO. Considera que “a apresentação exclusivamente pela Câmara de Serpa da candidatura de um género cuja prática transcende largamente o âmbito geográfico do concelho, vai levantar certamente dúvidas justificadas sobre a legitimidade do proponente.”
Na sua opinião, a preparação da candidatura não foi acompanhada de um processo amplamente participativo, envolvendo as comunidades que praticam este tipo de cante.
A insistência na apresentação da candidatura à UNESCO, nas actuais condições, nos finais de Março, “expõe a candidatura a fortes possibilidades de rejeição em qualquer das sucessivas fases de avaliação, o que, como determinam os regulamentos, implicaria a impossibilidade de a voltar a apresentar durante alguns anos.”
Também é questionado o próprio papel da Comissão Científica e a falta de oportunidade que esta teve e terá, em tempo útil, de introduzir as correcções de fundo que lhe parecem indispensáveis no processo em curso. Nomeadamente, o Cante Alentejano não está inserido em nenhum inventário português de Património Cultural Imaterial.
Bolas! Até o Cante Alentejano me dá desgostos?...
Acho que me vou virar para o queijo!
Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa
A minha preferida é a Menina florentina (a partir do minuto 8:45)
Sem comentários:
Enviar um comentário