Nunca pensei que demoraria meia hora para entrar na exposição - poderia pensar que uma fila assim seria para o mausoléu de Lenine.
Uma exposição de homenagem (de "reverência" - o líder natural que se destaca do colectivo) e de propaganda.
Impossível não admirar a sua história, as opções feitas desde muito novo - a coragem da sua acção e a sua capacidade intelectual, que se reflecte na criação artística, literária e no desempenho político-ideológico. Alguém que procurou, sem quebras, perante tantas adversidades, transformar o seu sonho em vida, idealizando (ou pensando idealizar), também, os sonhos de outros.
Não é fácil encontrar agora, num quase vazio ideológico, políticos que se batam tanto (e com a mesma capacidade) pelas suas ideias. Só mais pelos seus interesses (ou de alguns que os suportam... por interesses muito particulares). Estamos longe dos amanhãs que cantam e dos sóis que brilharão para todos nós.
Cá vamos cantando e rindo... E ó tempo, volta para trás.
Pintura de Álvaro Cunhal (não sei a data - terá adivinhado que os cravos seriam a flor da revolução?) |
Sem comentários:
Enviar um comentário