Por iniciativa de um conjunto de cidadãos, durante um ano estará instalado na estação de Metro da Baixa-Chiado, em Lisboa, o Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos.
O objectivo é prestar homenagem aos milhares de homens e mulheres que se bateram pela liberdade, em Portugal e nas ex-colónias.
Lembra Alfredo Caldeira que, durante 48 anos, em Portugal, foram presas por motivos políticos, em média, duas pessoas por dia.
A sugestão da estação da Baixa-Chiado, prende-se com a densidade de pessoas que ali passam por dia. Mas há outra razão: como Helena Pato lembrou, "a estação está a uma distância equidistante tanto da sede da PIDE, na António Maria Cardoso, do largo do Carmo, onde Marcello Caetano foi capturado e também de outro local que não se fala tanto, a rua da Misericórdia, onde estava instalada a sede da censura".
É um um projecto que quer cumprir o “dever da memória” e ser uma memória para o futuro.
«Não queremos que o memorial tenha uma visão passadista, mas não há futuro sem memória. Não podemos construir o nosso futuro a esquecer o que se passou, tanto de bom como de mau. Temos que encarar a História como foi.» (Alfredo Caldeira)
O Memorial "físico" é completado por uma página da internet.
Aí pode ser encontrada a lista completa de mulheres e homens presos durante o Estado Novo, incluindo os que perderam a vida durante os períodos de cárcere.
Pode também ser consultada uma série de biografias em destaque.
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