"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Alfarrabista centenário



Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro caindo n’alma
é gérmen que faz a palma
É chuva que faz o mar.
Castro Alves




Ao contrário do que o título (e a lógica da vida com os anos contados) possa fazer pensar, é mesmo o alfarrabista - o homem e não a loja - que faz 100 anos.

Li no Público (e as televisões também devem ter lido - hoje, lembraram-se de livros!): João Rodrigues Pires cumpre hoje o seu centenário, trabalhando ainda na sua loja, O Mundo do Livro.

1970

O Mundo do Livro, na esquina do Largo da Trindade com a Rua da Misericórdia, desde 1951, fica numa zona em que o grande número de alfarrabistas antes existentes tem vindo a diminuir drasticamente, em resultado da lei do arrendamento e dos interesses imobiliários numa Lisboa que, a continuar assim, será visitada, no futuro, por turistas que vêm ver os outros turistas, porque indígenas não haverá, pela certa!

Antes de O Mundo do Livro, de que muito se orgulha, João Rodrigues Pires trabalhou para o livreiro Sá da Costa (foi o primeiro empregado da Sá da Costa na livraria do Chiado, hoje, também, espaço de um alfarrabista).

Parabéns João Rodrigues Pires!




Sem comentários:

Enviar um comentário